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Governo dos Açores lança Iniciativa Transfer+ para estimular interligação entre centros de investigação e empresas

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O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia anunciou hoje, em Ponta Delgada, a Iniciativa Transfer+, um novo programa do Governo dos Açores, com um investimento de 8,3 milhões de euros, previsto no eixo 1 do PO Açores 2020, que visa "uma maior interligação entre a produção científica e a inovação dos centros de investigação com as empresas e com a economia”.

Gui Menezes salientou que este programa, que será implementado pela Direção Regional da Ciência e Tecnologia, “engloba iniciativas das empresas em termos de investigação e inovação”, apontando exemplos como apoios para patentes ou vales de investigação e desenvolvimento (I&D), que são "necessidades das empresas que tenham de recorrer a um centro de investigação para resolver um determinado problema ou para melhorar um determinado produto”.

O Secretário Regional, que falava à margem da primeira reunião do Conselho Regional da Inovação, referiu que, no âmbito do Transfer+, prevê-se também que as empresas “possam recorrer a pós-doutorados e doutorados, com formação em determinadas áreas, para incluírem a inovação nas suas práticas”.

Na sessão de abertura desta reunião, Gui Menezes salientou que a inovação passa pela capacidade de "pôr no mercado aquilo que é testado nos laboratórios”, acrescentando que “este é o caminho que vamos continuar a traçar para que os Açores se ‘sentem na fila da frente’ no que diz respeito à ciência, tecnologia e inovação".

O Conselho Regional da Inovação é um órgão consultivo da Estratégia de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente dos Açores (RIS3), a par da Comissão Executiva e dos Grupos de Trabalho Temáticos.

Este órgão reúne conselheiros das três áreas económicas e científicas da RIS3, definida para o período 2014-2020, nomeadamente Pescas e Mar, Turismo, e Agricultura, Pecuária e Agroindústria, por serem áreas onde os Açores podem "ser diferenciadores e onde a estratégia para inovação e o crescimento era mais forte”.

O titular das pastas da Ciência e da Tecnologia considerou que o Conselho Regional da Inovação é “fundamental” para apoiar o Governo dos Açores na Estratégia de Especialização Inteligente, frisando que esta estratégia “é uma condição 'ex ante' da implementação inclusiva dos programas operacionais e dos investimentos com fundos comunitários”.

“É um órgão que inclui tanto a Universidade dos Açores, como as câmaras de comércio, os centros de investigação e outras associações alinhadas com os domínios da nossa RIS3”, afirmou, acrescentando que tem a incumbência de apreciar a implementação da RIS3, de emitir pareceres e de dar também sugestões sobre a forma como o Governo dos Açores está a implementar esta estratégia.

“O Conselho Regional da Inovação tem também a incumbência de emitir pareceres sobre possíveis alterações e novas linhas de ação da RIS3, emitindo-as depois diretamente para a Comissão Executiva, que terá a incumbência de as realizar”, disse.

Segundo Gui Menezes, a primeira reunião deste órgão tem como objetivo “a apresentação dos resultados da RIS3 até ao momento, bem como planear a forma de atuação do Conselho para o futuro”.

A aplicação das metodologias da RIS3 já permitiu a aprovação de 28 projetos de I&D, num total de investimento superior a quatro milhões de euros, no âmbito do eixo 1 do PO Açores 2020, incluindo projetos de investigação e desenvolvimento em contexto do Sistema Científico e Tecnológico dos Açores (22 projetos) e em contexto empresarial (6 projetos).

O Secretário Regional frisou nesta reunião que o Governo dos Açores lançou, em julho de 2016, uma linha de financiamento no âmbito do Açores 2020 para projetos de Investigação & Desenvolvimento em contexto empresarial, com um montante de dois milhões de euros.

“À data de hoje, já temos seis projetos aprovados, num montante global de investimento de mais de 1,2 milhões de euros, dos quais 945 mil euros do FEDER”, disse, salientando que estes projetos, “desenvolvidos por empresas e nas empresas, com o forte compromisso das equipas de investigação, poderão representar a criação de empregos e de novos produtos”.

“Desde a valorização da madeira, passando pela diferenciação do leite, estamos a assistir ao surgimento de novas dinâmicas empresariais, centradas na investigação e, com isto, promovemos também a inovação nos Açores”, frisou Gui Menezes.