ÁREAS PRIORITÁRIAS
O processo de desenvolvimento da RIS3 Açores foi definido no sentido da necessária seleção de prioridades que permitam à Região focar os seus investimentos num conjunto limitado de opções, tendo em atenção as vantagens competitivas endógenas e a especialização internacional.
A identificação das prioridades regionais partiu de uma definição preliminar de áreas temáticas abrangentes, cuja seleção foi suportada em aspetos como: os principais ativos regionais; a existência de recursos específicos (ou combinação de recursos); as prioridades políticas para as regiões ultraperiféricas e para os Açores em particular; a existência de massa crítica; o potencial de abrangência ao nível do desenvolvimento económico e de diferenciação face ao exterior ou as ligações externas existentes.
Em 2020, a Região Autónoma dos Açores terá um cluster competitivo na área da Agricultura, Pecuária e Agroindústria, capaz de produzir, transformar e comercializar produtos diversificados, que deem uma resposta abrangente às necessidades do mercado regional e tenham um posicionamento diferenciado a nível internacional, garantindo a adoção de práticas de sustentabilidade ambiental de excelência.
Em 2020, a Região Autónoma dos Açores verá reforçado o seu posicionamento como plataforma intercontinental na área do conhecimento sobre os oceanos, contribuindo ativamente para o desenvolvimento económico da Região através do reforço dos setores mais tradicionais (nomeadamente a pesca) e da emergência de atividades inovadoras.
Em 2020, a Região Autónoma dos Açores será reconhecida como um destino de excelência para segmentos de mercado específicos, em que os atores regionais, atuando de uma forma coordenada e recorrendo a ferramentas inovadoras, são capazes de estruturar uma oferta qualificada, que promove, de forma sustentável, o aproveitamento dos elementos diferenciadores da Região.
As Prioridades Estratégicas, enquadradas pela Visão definida para cada área temática, materializam a necessária realização de escolhas inerentes à Especialização Inteligente e evidenciam as áreas de maior potencial de diferenciação e alavancagem do desenvolvimento económico regional. Das prioridades estratégicas decorre a explicitação das tipologias de atuação, orientadas para a ação concreta:
- Identificar e promover sistemas de produção inovadores que contribuam para a eficiência ambiental e para a preservação da biodiversidade;
- Explorar o potencial de utilização de recursos regionais que permitam substituir as importações para a Região;
- Identificar novos eco-produtos ou eco-serviços, integráveis em cadeias de valor internacionais.
- Investigar as propriedades exclusivas dos produtos Açorianos, potenciadores da diferenciação internacional (designadamente na área da saúde/ nutracêutica);
- Realizar atividades de vigilância estratégica (tecnológica e de mercado) para os produtos singulares dos Açores;
- Investigar e desenvolver novas técnicas de processamento, conservação e embalagem, que permitam facilitar o acesso a novos mercados.
- Fomentar a articulação entre as empresas, a administração pública e as entidades do Sistema Científico e Tecnológico dos Açores;
- Fomentar a adoção de estratégias colaborativas alargadas (intrassetoriais e intersetoriais);
- Promover a articulação entre a área da Agricultura, Pecuária e Agroindústria com outras áreas consideradas prioritárias;
- Incentivar o empreendedorismo e a criação de novos negócios na área da Agricultura, Pecuária e Agroindústria.
- Promover a investigação em aquacultura, nomeadamente no que se refere a espécies nas quais a Região possa apresentar maiores vantagens competitivas;
- Reforçar a investigação em temáticas atuais e com potencial económico a médio prazo, nomeadamente a biotecnologia e a exploração de recursos minerais do oceano profundo;
- Garantir a monitorização do meio ambiente, orientada para a exploração sustentável dos recursos marinhos atlânticos;
- Reforçar as ligações externas dos Açores como plataforma intercontinental (nomeadamente Europa – América – África) na área do conhecimento sobre os oceanos.
- Investigar e desenvolver novos processos de transformação, conservação e embalagem que permitam aumentar o valor comercial dos produtos da pesca dos Açores;
- Desenvolver produtos de pescado alternativos com aceitação no mercado;
- Realizar atividades de vigilância estratégica (tecnológica e de mercado) para os produtos da pesca dos Açores;
- Desenvolver mecanismos que permitam a rastreabilidade ao longo da cadeia logística.
- Fomentar o empreendedorismo e a criação de novos negócios, tirando partido do conhecimento científico associado ao mar;
- Promover a articulação entre a área das pescas e do mar e outras áreas consideradas prioritárias;
- Reforçar práticas colaborativas entre entidades regionais, nomeadamente entre centros de investigação da Universidade e destes com as empresas e a administração pública regional.
- Aprofundar o uso das tecnologias de informação para a promoção e monitorização da atividade turística nos Açores;
- Utilizar as redes sociais para a co-definição da oferta turística;
- Promover o desenvolvimento de aplicações móveis orientadas para o turismo.
- Definir e consolidar produtos turísticos específicos da realidade Açoriana, ancorados em fatores diferenciadores da Região, nomeadamente os recursos naturais e a biodiversidade;
- Promover a aplicação de princípios de sustentabilidade ambiental (energia, água, resíduos,…) nos diferentes intervenientes da cadeia de valor do Turismo;
- Aprofundar o conhecimento sobre os turistas que atualmente visitam os Açores e as suas motivações, assim como sobre destinos similares, respetivos produtos oferecidos e segmentos atingidos;
- Identificar novos mercados e os canais mais adequados.
- Fomentar a adoção de estratégias colaborativas alargadas;
- Fomentar a articulação entre as empresas, a Administração Pública e as entidades do Sistema Científico e Tecnológico dos Açores;
- Promover a articulação entre a área do turismo e outras áreas consideradas prioritárias;
- Incentivar o empreendedorismo e a criação de novos negócios na área do turismo.