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Açores têm localização privilegiada para o desenvolvimento de tecnologias espaciais, afirma Brito e Abreu

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O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou, em Ponta Delgada, que o Governo dos Açores "tem feito um esforço para desenvolver na Região projetos científicos e infraestruturas ligados às tecnologias espaciais”.

Fausto Brito e Abreu falava terça-feira na sessão de encerramento do 22.º Encontro Europeu do Grupo VLBI (Very Long Baseline Interferometry) de Geodesia e Astrometria – EVGA, que decorreu no Teatro Micaelense com a participação de cerca de uma centena de especialistas de 17 países.

O Grupo VLBI de Geodesia e Astrometria promove a colaboração de cientistas que trabalham no campo da interferometria de base muito longa, um dos métodos mais precisos utilizado para medir a Terra e a sua orientação no espaço.

Na intervenção que proferiu no encerramento de um dos maiores encontros científicos europeus, o Secretário Regional sublinhou que "a Região tem interesse em acolher grandes reuniões científicas no domínio do espaço e noutras áreas estratégicas para os Açores”.

Fausto Brito e Abreu salientou que um dos objetivos do Governo Regional é “garantir que os Açores aproveitam a sua localização estratégica, no meio do Atlântico, para desenvolver tecnologias espaciais”, sustentando que “tem havido um investimento grande na implantação de infraestruturas tecnológicas”, nomeadamente em estações dedicadas ao espaço e à observação da Terra, à climatologia e à deteção de ensaios nucleares.

No âmbito desta reunião anual do EVGA, é inaugurada hoje, em Santa Maria, uma das quatro estações geodésicas fundamentais que integram a Rede Atlântica de Estações Geodinâmicas Espaciais (RAEGE) e que se destinam à realização de estudos na área de astronomia, geodesia e geofísica.

“As potencialidades do uso de imagens de satélite têm assumido especial destaque no arquipélago no que respeita à monitorização do oceano e das zonas costeiras, da investigação das Ciências da Terra, à monitorização sismovulcânica, à climatologia e ao estudo da atmosfera, e ao mapeamento da vegetação”, disse Brito e Abreu.

O Secretário Regional da Ciência e Tecnologia fez ainda referência às várias infraestruturas tecnológicas já existentes no arquipélago, comprovando “os serviços valiosos que os Açores podem oferecer no domínio das tecnologias espaciais”, área de relevo no quadro da Estratégia para a Especialização Inteligente da Região (RIS3).

“A estação da Agência Espacial Europeia e a Galileo Sensor Station, em Santa Maria, o projeto ARM (Atmospheric Radiation Measurement) Climate Research Facility, que permite medir a radiação atmosférica, a estação de infrassons IS42, decisiva no acompanhamento de ensaios nucleares e no estudo e monotorização de atividades sísmica e vulcânica, e o projeto Super Dual Auroral Radar Network (SuperDARN), ainda em fase de apreciação, na Graciosa, provam a importância dos Açores nestes domínios”, concretizou.

Para além do interesse científico destas infraestruturas tecnológicas, o Secretário Regional da Ciência sublinhou o potencial económico e de criação de emprego qualificado que estes projetos trazem aos Açores.