Governo dos Açores financia contratação de uma dezena de doutorados para o Instituto Okeanos, no Faial
O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje, na Horta, que o Governo dos Açores tem trabalhado de todas as formas para apoiar os centros de investigação regionais e a fixação de recursos humanos qualificados.
Gui Menezes falava na cerimónia de assinatura do contrato de financiamento do Projeto Estratégico para a Área do Mar, para a contratação de uma dezena de investigadores doutorados, nos próximos três anos, para a Universidade dos Açores.
“Ao longo desta legislatura, fizemos uma aposta diferenciada na Ciência”, disse, acrescentando que “tem havido uma grande preocupação da parte do Governo Regional em valorizar o trabalho dos investigadores açorianos”.
“Este contrato é a prova da importância que damos aos recursos humanos”, frisou Gui Menezes, acrescentando que “podemos ter as melhores plataformas e infraestruturas, mas sem recursos humanos, sem massa crítica capaz e qualificada, nada é possível”.
O projeto ‘Investigadores MarAZ: Consolidar corpo de investigadores em Ciências do Mar nos Açores’ corresponde a um investimento de 2,2 milhões de euros, para três anos, e conta com o financiamento de 300 mil euros por parte do Executivo açoriano.
O objetivo é reforçar as condições para a produção científica e de inovação, através do incremento de massa crítica, contribuindo para a consolidação das áreas científicas e tecnológicas nas áreas prioritárias que são o mar e as pescas.Esta operação será realizada através da contratação de 10 investigadores, com perfil e experiência comprovada nas áreas científicas prioritárias, com produção científica de elevada qualidade e demonstrativa de um conhecimento aprofundado dos ecossistemas marinhos dos Açores, bem como das políticas públicas regionais, nacionais e europeias neste domínio.
Segundo o Secretário Regional, “alguns destes investigadores terão oportunidade de ingressar na Universidade e fazer parte dos seus órgãos de gestão, fazendo com que a dinâmica de investigação do agora Instituto Okeanos se mantenha e seja reforçada em áreas que são estratégicas para o Governo dos Açores”.
Neste sentido, Gui Menezes frisou que a assinatura deste protocolo tem “um significado muito grande”, salientando que “cabe agora à Universidade fazer a sua parte, com a abertura dos concursos para a contratação dos 10 investigadores”.
“Estamos numa fase de revisão da Estratégia de Especialização RIS3, em que vamos continuar a apostar no Mar e no Conhecimento”, afirmou, acrescentando que o Executivo açoriano pretende “construir um novo navio de investigação para dar corpo a esta estratégia e para que a Região tenha mais autonomia e mais capacidade para aprofundar o conhecimento do Mar dos Açores”.
“Só com novas plataformas é que podemos dar um salto qualitativo”, referiu o Secretário Regional, defendendo que será “uma etapa importantíssima para os Açores, e para que os investigadores do Instituto Okeanos possam liderar novos projetos, no âmbito do próximo novo quadro comunitário dirigido à investigação, o Horizonte Europa, e para que possam explorar novas áreas do conhecimento do nosso mar, com impactos não só para a Região, mas também para o país e para a Europa”.